domingo, 7 de outubro de 2012

Pelas estradinhas da Provence

Caimos na estrada para começar a explorar as cidadezinhas da Provence descritas nos livros do Peter Mayle e tantos outros escritores e pintores que se apaixonaram pela região.
 
Chegamos a Lourmarin em dia de feira e na rua principal haviam várias barraquinhas vendendo carnes frescas, queijos, frutas e verduras, temperos e chás. Tudo tão simples mas arranjado de uma forma tão bonita que parecia arte.
 
Lourmarin vista da estrada
  


 


A cidade é pequena e charmosa, com vários restaurantes espalhados pelas ruelas estreitas. A maioria coloca mesinhas na calçada e alguns até invadem a rua, afinal o movimento de carros e mínimo.
Prefeitura de Lourmarin




 


 
Começamos a sentir fome e escolhemos uma mesa na calçada de um restaurante simpático. Logo após fazermos nosso pedido um gato apareceu na porta do restaurante e eu como adoradora dos felinos tive que chamá-lo para um bate papo. Ele não se fez de rogado e para minha surpresa sem nenhuma cerimônia pulou no meu colo. Se acomodou como se fossemos velhos conhecidos e deixou claro que não tinha nenhuma intenção de sair dali tão cedo.
Achei que assim que o nosso almoço fosse servido eu teria que convidá-lo a se retirar, pois certamente os aromas despertariam seu interesse. Pois eu não poderia estar mais enganada; meu novo amigo nem sequer ergueu a cabeça quando os pratos foram trazidos para mesa, e com isso ele conquistou o direito de passar o resto do almoço literalmente esparramado no meu colo.
 
Meu amigo Miké


Continuamos o nosso passeio seguindo por estradinhas estreitas, subidas e descidas por onde cruzávamos com muitos ciclistas. Admirável o fôlego deles, as subidas certamente não são para principiantes…

 

As parreiras na beira da estrada, carregadinhas de uvas só esperando para serem colhidas.





Roussillon fica sobre uma colina de argila chamada Les Ocres, em tons que vão do amarelo ao marrom escuro. Todas as construções da cidade repetem esses tons numa harmonia que enche os olhos.
 
 
 

 
Logo na entrada da cidade há um parque onde dá para caminhar pela encosta e ver de perto os locais de extração da argila que origina entre outras coisas o pigmento da pintura das casas. Abrimos mão da caminhada no parque, pois não estávamos usando calçados adequados para encarar um trekking e sinceramente eu não estava com muita vontade de voltar coberta de poeira, mesmo que fosse numa cor super fashion. Ficou para a próxima visita.
 
Decidimos então nos perder pelas ruelas dessa cidadezinha colorida, tentando registrar na memória a beleza desse lugar ímpar.
 
 
 
 

 
Na estradinha de acesso à Gordes há um pequeno mirante improvisado, perfeito para observar a cidade no alto da montanha e tirar fotos.

 
 
A delicada luz do final da tarde jogava sombras nas casas de pedra e ruas de calçamento irregular, fazendo com que a cidade parecesse parada no tempo. Me encantei com esse lugar e fechamos o dia com chave de ouro.

 
 

 

 


Até o próximo post! Bonsoir!


 

Nenhum comentário:

Postar um comentário