domingo, 13 de julho de 2014

Portas e janelas antigas - IV


Uma coleção de janelas alemãs. Minha singela homenagem à Alemanha por ter vencido a Copa do Mundo 2014 no Brasil. Vitória merecida!
 
Koln

Koln

Koln
 



Oberwesel

Oberamergau
 

Eltville

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Curiosidades Brasileiras


Há alguns dias eu me deparei com um texto muito bem humorado escrito por um Francês que mora no Brasil há pouco mais de um ano. O nome dele é Olivier Teboul e a crônica, que foi escrita em Abril, 2013 chama-se “Curiosidades Brasileiras”.

Algumas pessoas que leram o texto se sentiram ofendidas, mas na verdade eu acho que ele descreveu coisas corriqueiras que a maioria dos Brasileiros faz ou vivencia sem nem se dar conta, pois fazem parte da rotina e da cultura do nosso povo.

Eu ri muito, pois apesar de viver fora do Brasil há 13 anos eu ainda mantenho alguns hábitos e/ou manias que ele descreve, como por exemplo não tocar a comida com as mãos, gostar de comida salgada muito salgada e doce muito doce, e acompanhar o desempenho (nem sempre bom) do meu time de futebol do coração, o Gremio Football Porto Alegrense.

Aqui vai uma cópia do texto na íntegra (e longo mas vale a pena ler).  

“Curiosidades Brasileiras (Olivier Teboul)

Aqui são umas das minhas observações, as vezes um pouco exageradas, sobre o Brasil. Nada serio.
  1. Aqui no Brasil, tudo se organiza em fila: fila para pagar, fila para pedir, fila para entrar, fila para sair e fila para esperar a próxima fila. E duas pessoas ja bastam para constituir uma fila.
  2. Aqui no Brasil, o ano começa “depois do Carnaval”.
  3. Aqui no Brasil, não se pode tocar a comida com as mãos. No MacDonalds, hamburger se come dentro de um guardanapo. Toda mesa de bar, restaurante ou lanchonete tem um distribuidor de guardanapos e de palitos. Mas esses guardanapos são quase de plastico, nada de suave ou agradável. O objetivo não é de limpar suas mãos ou sua boca mas é de pegar a comida com as mãos sem deixar papel nem na comida nem nas mãos.
  4. Aqui no Brasil todo é gay (ou ‘viado’). Beber chá: e gay. Pedir um coca zero: é gay. Jogar vólei: é gay. Beber vinho: é gay. Não gostar de futebol: é gay. Ser francês: é gay, ser gaúcho: gay, ser mineiro: gay. Prestar atenção em como se vestir: é gay. Não falar que algo e gay : também é gay.
  5. Aqui no Brasil, os homens não sabem fazer nada das tarefas do dia a dia: não sabem faxinar, nem usar uma maquina de lavar. Não sabem cozinhar, nem a nível de sobrevivência: fazer arroz ou massa. Não podem consertar um botão de camisa. Também não sabem coisas que estão consideradas fora como extremamente masculinas como trocar uma roda de carro. Fui realmente criado em outro mundo...
  6. Aqui no Brasil, sinais exteriores de riqueza são muito comuns: carros importados, restaurantes caríssimos em bairros chiques, clubes seletivos cujos cotas atingem valores estratosféricas.
  7. Aqui no Brasil, os casais sentam um do lado do outro nos bares e restaurantes como se eles estivessem dentro de um carro.
  8. Aqui no Brasil, os homens se vestem mal em geral ou seja não ligam. Sapatos para correr se usam no dia a dia, sair de short, chinelos e camisetas qualquer e comum. Comum também é sair de roupas de esportes mas sem a intenção de praticar esporte. Se vestir bem também é meio gay.
  9. Aqui no Brasil, o cliente não pede cerveja pro garção, o garção traz a cerveja de qualquer jeito.
  10. Aqui no Brasil, todo mundo torce para um time, de perto ou de longe.
  11. Aqui no Brasil, sempre tem um padre falando na televisão ou na radio.
  12. Aqui no Brasil, a vida vai devagar. E normal estar preso no transito o dia todo. Mas não durma no semáforo não. Ai tem que ser rápido e sair ate antes do semáforo passar no verde. Não depende se tiver muitas pessoas atrás, nem se estiverem atrasados. Também é normal ficar 10 minutos na fila do supermercado embora que tenha só uma pessoa na sua frente. Ai demora para passar os artigos, e muitas vezes a pessoa da caixa tem que digitar os códigos de barra na mão ou pedir ajuda para outro funcionário para achar o preço de um artigo. Mas, na hora de retirar o cartão de credito, ai tem que ser rápido. Não é brincadeira, se não retirar o cartão na hora, a mesma moça da caixa que tomou 10 minutos para 10 artigos vai falar agressivamente para você agilizar: “pode retirar o cartão!”. 
  13. Aqui no Brasil, os chineses são japoneses.
  14. Aqui no Brasil, a música faz parte da vida. Qualquer lugar tem musica ao vivo. Muitos brasileiros sabem tocar violão embora que não consideram que toquem se perguntar pra eles. Tem músicos talentosos, mas não tantos tocam as musicas deles. Bares estão cheios de bandas de cover.
  15. Aqui no Brasil, a política não funciona só na dimensão esquerda - direita. Brasil é um pais de esquerda em vários aspectos e de direita em outros. Por exemplo, se pode perder seu emprego de um dia pra outro quase sem aviso. Tem uma diferencia enorme entre os pobres e os ricos. Ganhar vinte vezes o salario minimo é bastante comum, e ganhar o salario minimo ainda mais. As crianças de classe media ou alta estudam quase todos em escolas particulares, as igrejas tem um impacto muito importante sobre decisões politicas. E de outro lado, existe um sistema de saúde publico, o estado tem muitas empresas, tem muitos funcionários públicos, tem bastante ajuda para erradicar a pobreza em regiões menos desenvolvidas do país. O mesmo governo é uma mistura de política conservadora, liberal e socialista.
  16. Aqui no Brasil, e comum de conhecer alguem, bater um papo, falar “a gente se vê, vamos combinar, ta?”, e nem trocar telefone.
  17. Aqui no Brasil, a palavra “aparecer” em geral significa, “não aparecer”. Exemplo: “Vou aparecer mais tarde” significa na pratica “não vou não”.
  18. Aqui no Brasil, o clima é muito bom. Tem bastante sol, não esta frio, todas as condicões estão reunidas para poder curtir atividades fora. Porem, os domingos, se quiser encontrar uma alma viva no meio da tarde, tem que ir pro shopping. As ruas estão as moscas, mas os shopping estão lotados. Shopping é a coisa mais sem graça do Brasil. 
  19. Aqui no Brasil, novela é mais importante do que cinema. Mas o cinema nacional é bom.
  20. Aqui no Brasil, não falta espaço. Falam que o pais tem dimensões continentais. E é verdade, daria para caber a humanidade inteira no Brasil. Mas então se tiver tanto espaço, por que é que as garagens dos prédios são tão estreitos? Porque existe até o conceito de vaga presa?
  21. Aqui no Brasil, comida salgada é muito salgada e comida dolce é muito doce. Ate comida é muita comida.
  22. Aqui no Brasil, se produz o melhor café do mundo e em grandes quantidades. Uma pena que em geral se prepare muito mal e cheio de açúcar.
  23. Aqui no Brasil, praias bonitas não faltam. Porem, a maioria dos brasileiros viajam todos para as mesmas praias, Búzios, Porto de Galinhas, Jericoacoara, etc.
  24. Aqui no Brasil, futebol é quase religião e cada time uma capela.
  25. Aqui no Brasil, as pessoas acham que dirigir mal, ter transito, obras com atraso, corrupção, burocracia, falta de educação, são conceitos especificamente brasileiros. Mas nunca fui num pais onde as pessoas dirigem bem, onde nunca tem transito, onde as obras terminam na data prevista, onde corrupção é só uma teoria, onde não tem papelada para tudo e onde tudo mundo é bem educado!
  26. Aqui no Brasil, esporte é ou academia ou futebol. Uma pena que só o futebol seja olímpico.
  27. Aqui no Brasil, existe três padrões de tomadas. Vai entender porque...
  28. Aqui no Brasil, não se assuste se estiver convidado para uma festa de aniversário de dois anos de uma criança. Vai ter mais adultos do que crianças, e mais cerveja do que suco de laranja. Também não se assuste se parece mais com a coroação de um imperador romano do que como o aniversário de dois anos. E ‘normal’.
  29. Aqui no Brasil, nõ tem o conceito de refeição com entrada, prato principal, queijo, e sobremesa separados. Em geral se faz um prato com tudo: verdura, carne, queijo, arroz e feijão. Dai sempre acaba comer uma mistura de todo.
  30. Aqui no Brasil, o Deus esta muito presente... pelo menos na linguagem: ‘vai com o Deus’, ‘se Deus quiser’, ‘Deus me livre’, ‘ai meu Deus’, ‘graças a Deus’, ‘pelo amor de Deus’. Ainda bem que ele é Brasileiro.
  31. Aqui no Brasil, cada vez que ouço a palavra ‘Blitz’, tenho a impressão que a Alemanha vai invadir de novo. Reminiscência da consciência coletiva francesa...
  32. Aqui no Brasil, pais com muita ascendência italiana, tem uma lei que se chama ‘lei do silencio’. Que mau gosto! Parece que esqueceram que la na Itália, a lei do silencio (também chamada de “omerta”) se refere a uma pratica da mafia que se vinga das pessoas que denunciam suas atividades criminais.
  33. Aqui no Brasil, se acha tudo tipo de nomes, e muitos nomes americanos abrasileirados: Gilson, Rickson, Denilson, Maicon, etc.
  34. Aqui no Brasil, quando comprar tem que negociar.
  35. Aqui no Brasil, os homens se abraçam muito. Mas não é só um abraço: se abraça, se toca os ombros, a barriga ou as costas. Mas nunca se beija. Isso também é gay.
  36. Aqui no Brasil, o polegar erguido é sinal pra tudo : “Ta bom?”, “obrigado”, “desculpa”.
  37. Aqui no Brasil, quando um filme passa na televisão, não passa uma vez só. Se perder pode ficar tranquilo que vai passar mais umas dez outras vezes nos próximos dias. Assim já vi "Hitch" umas quatro vezes sem querer assistir nenhuma.
  38. Aqui no Brasil, tem um jeito estranho de falar coisas muito comuns. Por exemplo, quando encontrar uma pessoa, pode falar “bom dia”, mas também se fala “e ai?”. E ai o que? Parece uma frase abortada. Uma resposta correta e comum a “obrigado” e “imagina”. Imagina o que? Talvez eu quem falte de imaginação.
  39. Aqui no Brasil, todo mundo gosta de pipoca e de cachorro quente. Não entendo.
  40. Aqui no Brasil, quando você tem algo pra falar, é bom avisar que vai falar antes de falar. Assim, se ouvi muito: “vou te falar uma coisa”, “deixa te falar uma coisa”, “é o seguinte”, e até o meu preferido: “olha só pra você ver”. Obrigado por me avisar, já tinha esquecido para que tinha olhos.
  41. Aqui no Brasil, as lojas, o negócios e os lugares sempre acham um jeito de se vender como o melhor. Já comi em em vários ‘melhor bufe da cidade’ na mesma cidade. Outro superativo de cara de pau é ‘o maior da América latina’. Não costa nada e ninguém vai ir conferir.
  42. Aqui no Brasil, tem uma relação ambígua e assimétrica com a América latina. A cultura do resto da América latina não entra no Brasil, mas a cultura brasileira se exporta la. Poucos são os brasileiros que conhecem artistas argentinos ou colombianos, poucos são os brasileiros que vão de ferias na América latina (a não ser Buenos Aires ou o Machu Pichu), mas eles em geral visitaram mais países europeus do que eu. O Brasil as vezes parece uma ilha gigante na América latina, embora que tenha uma fronteira com quase todos os outros países do continente.
  43. Aqui no Brasil, relacionamentos são codificados e cada etapa tem um rótulo: peguete, ficante, namorada, noiva, esposa, (ex-mulher...). Amor com rótulos.
  44. Aqui no Brasil, a comida é: arroz, feijão e mais alguma coisa.
  45. Aqui no Brasil, o povo é muito receptivo. E natural acolher alguem novo no seu grupo de amigos. Isso faz a maior diferencia do mundo. Obrigado brasileiros.
  46. Aqui no Brasil, o brasileiros acreditam pouco no Brasil. As coisas não podem funcionar totalmente ou dar certo, porque aqui, é assim, é Brasil. Tem um sentimento geral de inferioridade que é gritante. Principalmente a respeito dos Estados Unidos. To esperando o dia quando o Brasil vai abrir seus olhos.
  47. Aqui no Brasil, de vez em quando no vocabulário aparece uma palavra francesa. Por exemplo ‘petit gâteau’. Mas para ser entendido, tem que falar essas palavras com o sotaque local. Faz sentido mas não deixa de ser esquisito.
  48. Aqui no Brasil, tem um organismo chamado o DETRAN. Nem quero falar disso não, não saberia por onde começar...
  49. Aqui no Brasil, dentro dos carros, sempre tem uma sacola de tecido no alavanca de mudança pra colocar o lixo.
  50. Aqui no Brasil, os brasileiros se escovam os dentes no escritório depois do almoço.
  51. Aqui no Brasil, se limpa o chão com esse tipo de álcool que parece uma geleia.
  52. Aqui no Brasil, a versão digital de 'fazer fila' e 'digitar codigos'. No banco, pra tirar dinheiro tem dois códigos. No supermercado, o leitor de código de barra estando funcionando mal tem que digitar os códigos dos produtos. Mas os melhores são os boletos pra pagar na internet: uns 50 dígitos. Sempre tem que errar um pelo menos. Demora.
  53. Aqui no Brasil, o sistema sempre ta “fora do ar”. Qualquer sistema, principalmente os terminais de pagamento de cartão de credito.
  54. Aqui no Brasil, tem um lugar chamado cartório. Grande invenção para ser roubado direito e perder seu tempo durante horas para tarefas como certificar uma copia (que o funcionário nem vai olhar), o conferir que sua firma é sua firma.
  55. Aqui no Brasil, parece que a profissão onde as pessoas são mais felizes é coletor de lixo. Eles estão sempre empolgados, correndo atrás do caminhão como se fosse um trilho do carnaval. Eles também são atletas. Tens a energia de correr, jogar as sacolas, gritar, e ainda falar com as mulheres passando na rua.
  56. Aqui no Brasil, pode pedir a metade da pizza de um sabor e a metade de outro. Ideia simples e genial.
  57. Aqui no Brasil, no tem agua quente nas casas. Dai tem aquele sistema muito esperto que é o chuveiro que aquece a agua. Só tem um porem. Ou tem agua quente ou tem um vazão bom. Tem que escolher porque não da para ter os dois.
  58. Aqui no Brasil, as pessoas saem da casa dos pais quando casam. Assim tem bastante pessoas de 30 anos ou mais morando com os pais.
  59. Aqui no Brasil, tem três palavras para mandioca: mandioca, aipim e macaxeira. La na franca nem existe mandioca.
  60. Aqui no Brasil, tem o numero de telefone tem um DDD e também um numero de operadora. Uma complicação a mais que pode virar a maior confusão.
  61. Aqui no Brasil, quando encontrar com uma pessoa, se fala: “Beleza?” e a resposta pode ser “Jóia”. Traduzindo numa outra língua, parece que faz pouco sentido, ou parece um dialogo entre o Dalai-Lama e um discípulo dele. Por exemplo em inglês: “The beauty? - The joy”. Como se fosse um duelo filosófico de conceitos abstratos.
  62. Aqui no Brasil, a torneira sempre pinga.
  63. Aqui no Brasil, no taxi, nunca se paga o que esta escrito. Ou se aproxima pra cima ou pra baixo.
  64. Aqui no Brasil, marcar um encontro as 20:00 significa as 21:00 ou depois. Principalmente se tiver muitas pessoas envolvidas.
  65. Aqui em Belo Horizonte, e a menor cidade grande do mundo. 5 milhões de habitantes, mas todo mundo conhece todo mundo. Por isso que se fala que BH é um ovo. Eu diria que é um ovo frito. Assim fica mais mineiro.”

 

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Sorrento, nossa primeira parada na Costa Amalfitana

No final de uma tarde excepcionalmente quente do mês de Setembro chegamos de carro à Sorrento, a nossa primeira parada na Costa Amalfitana. Havíamos saido de Nápoles de manhã cedinho, passado por Pompéia e pelo vulcão Vesúvio.
Da estradinha estreita que vai descendo até Sorrento já se tem uma ótima visão da linda cidade construída em cima de um penhasco.
 
Depois de rodar um pouco até achar o nosso hotel que ficava escondidinho numa ruela que acabava numa prainha de pescadores, devolvemos o carro na locadora pois não precisaríamos dele nos próximos dias.
 
Jantamos no centrinho da cidade e passeamos pelas ruas limpíssimas e cheias de sorveterias, lojinhas, mercadinhos com frutas e verduras na calçada.
Sorrento tem uma sofisticação descontraída; é chique sem ser esnobe.
 
A Costa Amalfitana é famosa pela produção de limões e de uma bebida chamada "limoncello", que é um licor de limão delicioso para ser tomado depois da sobremesa. Algumas das fábricas que produzem a bebida artesanalmente podem ser visitadas pelo público, mas como o nosso tempo na cidade era relativamente limitado decidimos continuar bebendo o limoncello sem conhecer o processo de fabricação.
 
No dia seguinte fomos conhecer as praias, que são poucas e certamente um arranjo bem criativo, especialmente para nós brasileiros acostumados com quilômetros de areia branquinha e acesso gratuito. Bom, primeiro é necessario descer por caminhos sinuosos ou longas escadarias junto aos penhascos (uma das praias tem até elevador!). Os espaços com areia (bem escura e grossa) são bem pequenos, então os banhistas se espalham por piers e plataformas de concreto erguidos sobre a água. O acesso é pago (10 Euros por pessoa, com direito a cadeira e guarda-sol) pois as praias são gerenciadas por empresas privadas. Mas o sol estava brilhando e nós curtimos um dia de "dolce far niente" à beira mar...
 
No dia seguinte acordamos cedinho e rumamos para o porto, onde pegamos o ferry que cruza a baía rumo ao nosso próximo destino: a Ilha de Capri.
Vem um post sobre ela por aí...não perca!
 
 

Sorrento vista da estrada

Penhasco com uma vista de tirar o folego





                            Centro histórico


Me encantei com essa rua


Mercadinho no centro da cidade


A vida segue, alheia aos turistas


Praia vista de cima do penhasco; é preciso uma boa dose de disposição para chegar até lá embaixo…
 



                                O espaço com areia é limitado...

...mas quem tem criatividade tem tudo


                Cadeiras nos piers e plataformas são disputadíssimas


Costa Amalfitana, a Itália debruçada sobre o mar



Imagine dirijir numa estradinha de mão dupla construída à beira de um penhasco, com curvas fechadas  que exigem que o motorista seja muito habilidoso, e tão estreita que em alguns trechos só passa um carro por vez. Agora imagine também que a encosta desse penhasco é coberta de vegetação, casinhas coloridas, igrejas e jardins floridos, tudo isso com vista para um mar tão azul que mais parece uma pintura. Conseguiu vizualizar? Pois é esse cenário que você vai encontrar quando visitar a Costa Amalfitana, que começa em Sorrento, há mais ou menos 50 Km ao Sul de Nápoles, e se estende até Salerno.

Eu e meu marido voamos para Roma e passamos alguns dias naquela cidade maravilhosa antes de alugar um carro e começar a viagem em direção ao Sul, passando por Nápoles e Pompéia. A minha ansiedade só crescia pois apesar de ter visto muitas fotos daquela região em revistas e na internet eu não acreditava que um lugar pudesse ser TÃO bonito. Pois todas as minhas expectativas foram superadas: a Costa Amalfitana é deslumbrante!

Nos próximos posts dividirei com vocês um pouco do que eu vi e experimentei naquele lugar mágico. Prepare o seu coração…

 
amalfi coast map





terça-feira, 7 de maio de 2013

Aprendendo a andar de bicicleta


A gente acha que todo mundo sabe andar de bicicleta, né? Afinal, é uma coisa que uma vez que aprende a gente nunca mais esquece, mesmo que fique muitos anos sem andar. Bem, ao que parece não é bem assim...

Hoje pela manhã eu estava dirijindo para o trabalho ouvindo a NPR (National Public Radio), que é uma estação de rádio ótima que transmite notícias nacionais e internacionais, além de matérias sobre os mais variados temas conduzidas por jornalistas inteligentes, sem as bobagens habituais dos chamados "talk shows". Dai eles começaram a falar sobre um curso para ensinar adultos a andar de bicicleta. Isso mesmo! Pensei logo "o que esse povo não inventa...". Mas assim que comecei a ouvir a reportagem me dei conta de que é uma proposta interessante.

O curso é ministrado na capital dos Estados Unidos, Washington, D.C. e direcionado para adultos. A reportagem acompanhou um grupo de 20 alunos, com idades variando entre os vinte e poucos aos cinquenta e muitos. Por razões variadas eles nunca tinham aprendido a andar de bicicleta quando eram crianças, e depois com a vida adulta acabaram deixando o assunto de lado. Alguns nunca tinham se interessado, outros sempre tiveram medo de cair, outros haviam caído e se machucado e ficaram traumatizados, e por aí vai.

Para esse grupo de 20 pessoas haviam 6 instrutores, que movidos de muita paciência iam ajudando cada aluno a vencer os seus medos e se equilibrar nas bikes. Muito interessante ouvir as risadas, os gritinhos de satisfação quando finalmente conseguiam sair pedalando.

A reportagem acabou e eu fiquei imaginando aquelas pessoas pedalando pelas ruas de Washington, recuperando o tempo perdido...

Que pessoas criativas continuem “inventando moda” para ajudar outras pessoas a encontrarem satisfação em prazeres simples como andar de bicicleta.



Férias em Porto Alegre

Voltei! Depois do último post eu dei uma pausa no blog para organizar a minha viagem ao Brasil para visitar minha família e amigos. Por conta dos compromissos de trabalho fiquei por lá apenas 10 dias, mas foram muito bem aproveitados.

Já que a viagem seria curta, eu e meu marido decidimos ficar exclusivamente em Porto Alegre e arredores, dedicando todo o nosso tempo às pessoas queridas das quais sentimos tanta falta. Obviamente não conseguimos encontrar todos que gostaríamos, pois para atingir esse objetivo nossos dias teriam que ter muito mais do que 24 horas...

Eu nunca tinha viajado para Porto Alegre em Abril e tive uma grata surpresa pois consegui adquirir uma passagem aérea Detroit/São Paulo/Porto Alegre com um preço bem em conta e outra usando milhas acumuladas (vou escrever um post com dicas sobre como acumular milhas com companhias aéreas e a melhor forma de usá-las).

Eu estava anciosa para curtir um calorzinho por lá, afinal, o calendário insistia em dizer que a primavera já havia chegado aqui em Toledo, mas as temperaturas ainda estavam mais para inverno do que qualquer outra coisa. No entanto, fiquei aliviada com as temperaturas amenas com que fomos presenteados durante a nossa estada na cidade, que no verão é conhecida como "Forno Alegre".

Haviam MUITAS atividades, visitas, passeios e comilanças para serem encaixados num espaço de poucos dias. Não foi fácil, mas aí vai uma lista de algumas coisas que eu não poderia ter deixado de fazer:

1) Passar uma noite em Canela, tomar aquele super café da manhã de hotel da serra gaúcha, passear pelas ruas cada vez mais lindas, limpas e bem cuidadas de Gramado e Canela, comer sequência de fondue (queijo, carne e chocolate), comer rodízio de galeto com massas (eu avisei sobre as comilancas...), caminhar mais um pouco para gastar uma fração das calorias ingeridas.

2) Caminhar pelo Brique da Redenção numa ensolarada manhã de domingo.

3) Comer "Xis", que na minha opinião e mais uma idéia que os brasileiros importaram e aperfeiçoaram (assim como a pizza). Não existe hambúrguer que consiga competir com um "Xis" feito com capricho.

4) Comer pastéis, que se juntam ao "Xis" na lista de comidas que eu amo e sinto falta.

5) Visitar a "Feira da Loucura por Sapatos" no parque de exposições da FENAC em Novo Hamburgo. Só quem AMA sapatos entende porque eu não poderia perder um evento desses. Eu tive o privilégio de visitar numa terça-feira pela manhã, quando pouquíssimas pessoas caminhavam pelos estandes e pude experimentar todos os sapatos que gostei sem ter que disputá-los no tapa com um bando de mulheres enlouquecidas. Mas que fique registrado que me contive e só comprei dois pares!


6) Visitar alguns amigos queridos e me sentir culpada por não ter conseguido visitar outros tantos de quem sinto saudades.


7) Ir ao supermercado para comprar uma longa lista de items que depois tiveram que ser cuidadosamente espremidos dentro das malas na volta para casa. A lista inclui (mas não se limita a) biscoito recheado Bono sabor chocolate, farofa pronta, mistura para pão de queijo, doce de leite, goiabada, bombom Sonho de Valsa, Bis, cachaça, erva de chimarrão, suco de maracujá, café, chá mate Leão...e por aí vai. Depois é só ficar torcendo para o fiscal da imigração americana não implicar e resolver jogar alguma dessas preciosidades no lixo. Sacrilégio!
Não conheço nenhum brasileiro expatriado que volte para casa sem uma mala abarrotada de comidas das quais sente falta.

Faltou assistir um show ou peça no Teatro São Pedro, ver o pôr-do-sol no Guaíba, caminhar no Parcão, visitar a Arena do Grêmio, ver um filme brasileiro no cinema, ir à uma noite de autógrafos da Martha Medeiros...e a lista segue longa.

Mas a vida de expatriada é assim mesmo…A cada viagem ao Brasil tento me desdobrar em várias para ver, fazer, abraçar, comer, visitar, revisitar, resgatar, relembrar, agradar...tudo ao mesmo tempo.
Volto para casa drenada e refeita, cansada mas satisfeita, já pensando na próxima visita.




segunda-feira, 18 de março de 2013

"Um gato de rua chamado Bob", uma história de amor


Eu sempre acreditei que os animais são a fonte do mais puro e desinteressado amor que o ser humano pode encontrar. Eles não se importam se você é rico ou pobre, feio ou bonito, inteligente ou nem tanto; se você amar um animal ele vai amar você de volta. Respeito quem não gosta de animais seja por quais forem as razões, mas confesso que não entendo.
Para aqueles que como eu amam os animais e acreditam que nada nessa vida acontece por acaso, eu recomendo o livro "Um gato de rua chamado Bob" ("A Street Cat named Bob") do autor James Bowen. Acabei de ler e adorei! Ele conta a história (real) de como o gato Bob entra na vida de James, despertando sentimentos adormecidos e transformando a sua vida para sempre.
A linguagem do livro é super simples, mas mostra com  perfeição como um amor genuíno traz à tona o que as pessoas tem de melhor. Imperdível!

segunda-feira, 11 de março de 2013

Portas e janelas antigas - III




Elas estão pelo mundo afora, embelezando e atiçando a minha curiosidade. Que vontade de dar uma espiada para saber o que se esconde por trás dessas portas e janelas...


Oberwesel, Alemanha


Gordes, França
Orvieto, Itália
St. Remy de Provence, França

Toledo, Espanha


Veneza, Itália


Ramatuelle, França


Montepulciano, Itália


Roussillon, França


Avignon, França


Fontaine de Vaucluse, França







A encantadora Cuenca, Espanha


Cuenca foi tombada como Patrimônio Mundial da UNESCO e sem dúvida nenhuma é um tesouro a ser descoberto. A cidade antiga fica no alto de um canyon e à medida que a estrada vai subindo a gente já vai ficando boquiaberto com os altíssimos paredões de pedra e com as casas que parecem brotar deles lá em cima. É quase difícil descrever a sensação de estar num lugar tão mágico.

Nos quase dois dias que passamos na cidade uma chuvinha fina caía insistentemente, o que deixava as ruas praticamente desertas. Sorte nossa que pudemos explorar as ruelas estreitas, a arquitetura e a vista de tirar o fôlego quase como se fossemos os únicos habitantes da cidade.

Eu não costumo recomendar hóteis principalmente pelo fato de que normalmente não nos hospedamos em hotéis glamourosos; eu prefiro me hospedar em hotéis relativamente simples (desde que sejam muito limpos e bem localizados) e gastar mais em restaurantes, museus e outros passeios. Mas fiquei tão encantada com a Posada de San Jose em Cuenca, que não poderia deixar de mencioná-la. O prédio foi construído no século XVII e abrigava uma escola de canto; somente nos anos 80 é que foi transformado em hotel, com decoração simples e rústica e um café da manhã honesto servido numa sala com vista para o canyon.

Esse é o link para o site do hotel para quem quiser dar uma olhada.

http://www.posadasanjose.com


As fotos que tiramos na cidade falam mais do que mil palavras...




A entrada da cidade antiga

          A rua principal e o unico semáforo da cidade antiga



A porta de entrada da Posada de San Jose fica escondidinha num beco, custamos a encontrar. Mas foi amor à primeira vista



Essa era a vista que tinhamos tanto da janela do nosso quarto quanto do salão onde era servido o café da manhã. Aquele prédio é o antigo Convento de San Pablo, construído no século XVI e que atualmente abriga o hotel Parador de Cuenca



As casas brotam no alto dos paredões de pedra


Convento de Las Carmelitas

Catedral de Santa María y San Julián de Cuenca




A chuvinha fina deixava as ruas estreitas praticamente desertas. Parecia uma cidade abandonada

À medida que ia anoitecendo e as luzes nas ruas começavam a ser acendidas a cidade parecia ainda mais antiga e cheia de mistérios

As “Casas Colgadas” sao três casas com sacadas de madeira que literalmente pendem sobre o precipício. Acredita-se que tenham sido construídas entre os séculos XIV e XV; foram reformadas no século XX e atualmente abrigam um restaurante e um museu (que infelizmente estavam fechados quando passamos pela cidade)