sábado, 27 de outubro de 2012

Istambul - Parte I

O meu fascínio por Istambul vem desde os tempos de escola, quando os livros se referiam à ela como Constantinopla.

Difícil não ficar intrigada com uma cidade que se divide entre dois continentes (Europa e Ásia), onde mulheres de mini-saia e roupas decotadas dividem as ruas com mulheres cobertas da cabeça aos pés por burcas, e onde a religião muçulmana exerce um papel importante no dia-a-dia dos cidadãos que se dirijem às inúmeras mesquitas várias vezes por dia em horários pré-estabelecidos para rezar.

Istambul é antiga e moderna, uma mistura de sabores e cheiros, tudo envolto em tecidos coloridos e muitos, muitos tapetes.

Dizem que o verão é muito quente e úmido e que às vezes neva no inverno, mas quando estivemos lá em Dezembro, entre o Natal e o Ano Novo os dias se alternavam entre cinza com uma chuvinha fina e outros ensolarados e friozinho (até me lembrou o inverno de Porto Alegre).

A arquitetura das mesquitas, basílicas e palácios relembra o tempo em que a cidade era a mais rica do mundo cristão. Mas essa riqueza ficou no passado e o que se vê pelas ruas é um povo simples e muito simpático, que ao mesmo tempo que parece querer fazer parte do mundo moderno, ainda está profundamente ligado aos costumes e tradições.




A Mesquita Azul e a Basílica de Santa Sofia ficam de frente uma para a outra, separadas pela praça Sultanahmet.


Antes de visitar a Mesquita Azul é recomendável se informar sobre os horários de oração, que duram uma hora cada, pois nesses períodos somente os muçulmanos podem permanecer na mesquita. Os sapatos tem que ser tirados na entrada e podem ser deixados em prateleiras ao lado da porta ou carregados em sacolas de plástico distribuídas gratuitamente. As mulheres tem que cobrir a cabeça, portanto se não quiser usar uma espécie de lenço de tecido de algodão azul que já passou por várias outras cabeças sem ser lavado é bom carregar o seu próprio lenço ou echarpe na bolsa. Essa amiga que vos escreve teve que usar o referido lenço azul amarrado na cintura para parecer uma saia, pois mulher de calça comprida não entra. 

Mesquita Azul
No interior da mesquita todo o piso é coberto por um macio carpete vermelho estampado. Em horários de menos movimento é possível sentar no tapete para ficar observando com calma os vitrais e as pinturas no teto, onde a cor azul predomina. Mas se você optou por carregar seus sapatos na sacola de plástico não esqueça que não pode largá-la no tapete enquanto se delicia com a beleza do lugar (os funcionários da mesquita estão sempre de olho para alertar os desavisados).




Do outro lado da praça, a Basílica de Santa Sofia com seus belíssimos tons de terracota e laranja é um museu com entrada paga. Encanta quando vista pelo lado de fora, mas mais ainda por dentro. As enormes colunas ricamente trabalhadas, os balcões, as pinturas e mosaicos nas paredes, os imensos lustres que quando vistos do andar superior parecem flores luminosas, os medalhões com inscrições...tudo e tão grande e majestoso que faz a gente se sentir minúsculo.

Basílica de Santa Sofia 





Continuaremos passeando por Istambul no próximo post…





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