Queríamos experimentar as
pequenas coisas que fazem parte da rotina de quem vive na região e ter a sensação
de pertencer ao lugar, mesmo que fosse só
por uma semana.
O apartamento foi escolhido
através de fotos na internet e todos os contatos com a proprietária foram feitos
via email. Não assinamos um contrato de aluguel e não paguei antecipado;
informei a data em que chegaríamos, combinamos o valor e ela afirmou que o
apartamento estaria livre e pronto para nos receber. Tudo funcionou
perfeitamente bem.
O prédio era do início do século
XIX. A chave da porta principal do edifício era uma daquelas chaves enormes e
pesadas, e precisava ser girada com “jeitinho” para abrir a fechadura. O Paulo
com toda a sua paciência tornou-se o abridor oficial da porta, pois mesmo
depois de uma semana entrando e saindo do prédio eu não consegui achar o tal
“jeitinho” de girar a chave.
Tenho certeza de que nunca mais esquecerei dos dias que passei naquele lar temporário.
18 Rue Cardinale |
As nossas janelas no último andar |
A escadaria que levava ao nosso apartamento no quarto andar (sem elevador) mostrava sinais de desgaste pelos mais de 200 anos de uso. Fico imaginando quantas pessoas já passaram por ali, quantos lares se formaram em cada um daqueles andares, quantas mudanças e sacolas de compras já passaram por aqueles degraus.
O apartamento era ótimo, bem iluminado e arejado. Era antigo, tinha
personalidade, exatamente do jeito que eu tinha imaginado. Me senti em casa
desde o primeiro momento. Uma estante repleta de livros que cobriam uma parede
inteira da sala reforçava ainda mais a sensação de aconchego.
Tenho certeza de que nunca mais esquecerei dos dias que passei naquele lar temporário.
Nenhum comentário:
Postar um comentário