quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Polícia para quem precisa de polícia

Ontem à noite em torno das 7:40 PM alguém tocou a campainha na minha casa. Fiquei um pouco receosa porque eu estava sozinha, não é nada usual no bairro onde eu moro alguém simplesmente bater na sua porta àquela hora da noite, e os meus amigos não tem o costume de aparecer sem telefonar antes.

Eu vi pela janela que era uma rapaz jovem, vestindo o uniforme de uma empresa de telefone e TV a cabo (não a que eu uso) e achei melhor atendê-lo ao invés de fingir que não tinha ninguém em casa. Por via das dúvidas não abri a porta; ao invés, decidi falar com ele por uma fresta da janela. Ele se dirijiu a mim educadamente e queria falar sobre o serviço que a empresa dele oferece. Eu dei um jeito de despachá-lo rapidamente pois achei aquela história muito suspeita...

Imediatamente peguei o telefone e liguei para o 911 (polícia). Expliquei para a atendente que não era uma emergência (pelo menos não ainda) mas que havia uma rapaz suspeito andando pelo bairro, batendo de porta em porta àquela hora da noite e que eu achei que poderia ser um ladrão ou alguém mal intencionado. Passei a descrição dele e ela me disse que mandaria uma viatura para verificar a situação.

Passaram-se 5 minutos (sim, eu fiquei espiando pela janela) e uma viatura da polícia com os faróis e todas as luzes desligadas passou em frente a minha casa.

Mais tarde troquei e-mails com alguns vizinhos e fiquei aliviada ao descobrir que o tal rapaz era mesmo da empresa de telefone e TV a cabo e que dois vizinhos até compraram o serviço que ele estava vendendo.

Eu sei que talvez vocês estivessem esperando um final mais emocionante, tipo o rapaz era mesmo um marginal e foi pego pela polícia tentando entrar na casa de alguém à força. Felizmente não era o caso, mas depois desse episódio eu cheguei à duas conclusões:

1) É ótimo pode confiar na polícia e saber que é só chamar que eles aparecem rapidinho para me proteger

2) Eu vivi a maior parte da minha vida no Brasil, onde a violência me deixava à beira da paranóia. Descobri que mesmo longe é quase impossível me livrar do medo que eu tenho da violência. Mesmo vivendo num lugar onde o  medo não tem razão para se fazer presente acho que vou carregar essa paranóia comigo para sempre, como se fosse uma tatuagem na alma.

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