terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Toledo Museum of Art - Arte em vidro

Toledo, OH, a cidade onde eu moro, é conhecida como "glass city" por ser o berço de várias empresas tradionais na produção de vidros (garrafas, janelas, pára-brisas de automóveis, vidros para construção, etc).
A tradição se estendeu também à arte e o Toledo Museum of Art conta com uma área dedicada as esculturas em vidro. Vou dividir com vocês umas fotos que eu tirei lá porque arte e belas imagens são sempre inspiradoras.

Imagina ter um lustre desses em casa...Luxo!



Incrível a riqueza de detalhes desse vestido


Esse painel eu queria na minha sala




segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Eliminando uma sacola de plástico de cada vez


Eu sempre procuro fazer a minha parte para economizar os recursos naturais, não poluir, reciclar, enfim, coisas que todos nós cidadãos educados e conscientes temos a obrigação moral de fazer. Então resolvi que a partir de agora vou dividir com vocês idéias e artigos que nos ajudem a por em prática a nossa vontade de preservar o meio ambiente. Sintam-se à vontade para dividir as suas idéias também!

Os que assim como eu vivem nos Estados Unidos sabem que aqui é o país do desperdício, em todos os aspectos. Carros enormes que consomem uma quantidade absurda de combustível, gente que usa pratos e talheres descartáveis em casa no dia-a-dia por pura preguiça de colocar a louça na máquina de lavar, sprinklers ligados para molhar a grama mesmo em dias de chuva, e por aí vai… A Europa está anos-luz à nossa frente em assuntos relacionados à preservação do meio ambiente e temos muito o que aprender com os Europeus, que respeitam muito os seus limitados recursos naturais.

E foi justamente na Alemanha, em 2007, enquanto visitava um casal de amigos brasileiros muito queridos que estavam morando em Colônia (Koln) que eu aprendi a usar sacolas recicláveis. Minha amiga me convidou para ir ao super (eu sou gaúcha e gaúcho não vai ao supermercado, vai ao super...rsrsrsrs) e para minha surpresa ela abriu uma gaveta onde estavam várias sacolas de pano cuidadosamente dobradas. Achei a idéia muito interessante mas fiquei me perguntando se conseguiríamos trazer todas as compras nas sacolas que ela tinha separado para levarmos. Pois e não é que conseguimos? Aprendi que quando a gente sabe que tem um número limitado de sacolas acaba arrumando as compras dentro delas com mais cuidado do que quando usa as sacolas plásticas.

Depois de Colônia eu e meu marido continuamos a nossa viagem pela Alemanha e na nossa próxima visita ao super(mercado) eu comprei duas sacolas de pano para trazer para casa por algo em torno de 1 Euro cada.

De volta das férias eu fui toda contente para o super(mercado) com a minha novidade embaixo do braço. Ainda lembro como se fosse hoje a cara de surpresa do empacotador quando perguntou se eu queria sacola de plástico ou de papel e eu disse "Nenhuma das duas; eu trouxe as minhas próprias sacolas".

Poucos meses depois eu comecei a notar que vários estabelecimentos estavam comecando a vender sacolas reutilizáveis por algo em torno de 1 Dólar, e várias pessoas estavam aderindo a idéia. Eu até brinco que eu fui eu que lancei a moda em North Carolina, estado onde eu morava na época.

De lá para  muita coisa mudou e eu vejo cada vez mais gente levando a sua própria sacola quando vão às compras. Várias lojas vendem sacolas com bonitas estampas e em vários tamanhos e estão sempre lançando "coleções" novas. Virou moda! Tenho que ficar de olho senão acabo comprando mais sacolas só por causa da estampa (olha o desperdício...).

Eu acho que tenho umas 7 ou 8 sacolas reutilizáveis, que mantenho no carro (inclusive as que comprei na Alemanha e que me acompanham até hoje). Quando vou ao super(mercado) não tem como esquecer: elas já estão todas lá me esperando para cumprir a sua função.

Eu sei que no Brasil o pessoal usa as sacolinhas de plástico como saco de lixo, e com certeza é uma forma legal de reciclá-las. Mas da próxima vez que você for ao super(mercado) se pergunte se você realmente precisa de tantos sacos de lixo em casa. Lembre-se que cada sacolinha plástica que você deixa de levar para casa faz a diferença.

sábado, 26 de janeiro de 2013

Meus livros ganham asas

Eu ainda não me rendi à leitura de livros no tablet. Okay, podem me chamar de jurássica mas eu ainda curto segurar o livro de papel enquanto estou lendo. Além do mais, como praticamente todos os livros que eu compro são usados (em sites como Amazon.com, Booksamillion.com, etc) o livro de papel ainda é bem mais barato.

Mas o que fazer com os livros depois de lê-los? Emprestar para os amigos que tem um gosto literário similar ao meu? Doar para uma biblioteca? Ou simplesmente colocar na estante, onde ficam acumulando poeira por anos, já que salvo algumas exceções normalmente eu não leio o mesmo livro duas vezes?

Quando fui devolver três livros que um amigo tinha me emprestado ele disse que não os queria de volta, que já tinha livros demais em casa. E aí  ele me deu uma ótima idéia: como eu viajo bastante eu deveria largar meus livros em aeroportos, onde eles ajudariam alguém a passar o tempo e teriam a chance de “ganhar asas” indo parar em outras cidades, outros países, até mesmo outros continentes. Adorei a idéia!

Quando viajei para Punta Cana na República Dominicana, separei os livros para “esquecer” no aeroporto de lá. Escrevi uma mensagem contando onde haviam sido comprados e explicando que eles tinha sido deixados ali de propósito, para que tivessem a chance de circular pelo mundo. Larguei os livros perto do portão de embarque para Londres e fiquei torcendo para que as pessoas que os encontraram repitam o exercício para que eles tenham a chance de ir ainda mais longe.

Continuo “esquecendo” livros em aeroportos, e tenho certeza de que todos eles estão mais felizes circulando pelo mundo do que acumulando poeira na estante da minha casa.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Portas e janelas antigas - II

Mais algumas fotos da série portas e janelas antigas. São tantas e tão lindas…


Montepulciano, Itália
Toledo, Espanha

Barcelona, Espanha

Avignon, França
Fontaine de Vaucluse, França

San Gimignano, Itália

Le Baux de Provence, França





Portas e janelas antigas - I

Eu tenho um fascínio por portas e janelas (especialmente se forem antigas) que não sei explicar ao certo de onde vem. Quando viajo fico parando a todo momento para fotografar, é quase impossível resistir. Lembro onde a maioria das fotos foram tiradas, e todas as imagens captaram a minha atenção com a sua beleza que nem sempre é convencional. 

Divido algumas com vocês. 

Aix en Provence, França.
 Essa foto tem um significado especial pois é a fachada do prédio onde ficamos hospedados por uma semana em Setembro, 2012.

Aix en Provence, França

Aix en Provence, França


Veneza, Itália

Lourmarin, França

Montepulciano, Itália
Montepulciano, Itália

Montepulciano, Itália

Siena, Itália
Oberamergau, Alemanha




O pato Aflac

Eu sou apaixonada por animais. Confesso que tenho uma predileção por gatos, inclusive há 13 anos eu pertenço à uma felina chamada Scarlet que adotei com apenas um mês de idade (humanos não são donos de gatos, os gatos são nossos donos). A escolha do nome foi pura casualidade, mas a personalidade da criatura peluda é muito semelhante à da personagem que me serviu de inspiração, Scarlett O' Hara de "...e o Vento Levou". Teimosa, birrenta...uma figura.

Mas o meu amor se extende à maioria dos animais, exceto répteis e anfíbios dos quais eu tenho MUITO medo e prefiro manter uma boa distância. Os patos Canadenses que moram no lago nos fundos da minha casa tem um lugar especial no meu coração. Ao contrário da maioria dos patos dessa espécie que no outono começam a migrar para o Sul dos Estados Unidos em busca de temperaturas mais amenas, esse grupo que mora no nosso lago passa o inverno todo aqui. Eles parecem não ligar para o fato de que a superfície do lago congela, deixando apenas algumas buracos aqui e ali onde a água se mantém em estado líquido e eles se banham como se estivesssem numa piscina de água quente. É muito interessante ficar assistindo à caminhada deles por cima do gelo, escorregando, tentando se equilibrar, como se fosse um balé.

Num dia do verão de 2011 um pato branco simplesmente apareceu misturado aos Canadenses. Não sei de onde ele veio e nem como chegou ao nosso lago, já que ele não voa. Só sei que ele foi aceito pelos outros patos e passou a fazer parte do grupo, apesar da aparência tão diferente. Me apaixonei por ele à primeira vista e resolvi passar a chamá-lo de Aflac, o nome de uma empresa seguradora que tem um pato branco como seu garoto-propaganda.

Observar o Aflac tornou-se um hábito para mim. Todos os dias eu olho para o lago à procura dele e não é difícil avistá-lo de longe por conta da sua cor. Fico com pena quando os outros resolvem sair para passear e simplesmente levantavam vôo deixando ele para trás (como eu já disse, ele não voa). 

Com a chegada do primeiro inverno eu fiquei extremamente preocupada com ele. Afinal, se o lago congelasse totalmente os outros patos poderiam voar à procura de água mas ele não. Eu já estava pensando até em alguma forma de capturar o pato e mantê-lo na nossa garage até que as temperaturas aumentassem um pouco e o gelo do lago derretesse. Meu marido tentava me convencer de que a natureza é sábia e de que o instinto de sobrevivência dele certamente o ajudaria a passar pelo inverno mesmo sem o calorzinho da nossa garage. E foi exatamente o que aconteceu. Ele resistiu!

Bem, aqui estamos nós em pleno Janeiro e apesar de não ter nevado quase nada nesse inverno as temperaturas estao baixíssimas; ontem durante o dia a mínima chegou a -16 graus, com sensação térmica de -23 graus. E o meu Aflac continua lá no lago, nadando e tomando banho num pequeno buraco que se abriu no gelo, aguentando firme. Assim como eu ele deve estar esperando anciosamente pela chegada da primavera, que ainda vai demorar um pouquinho.

Na primavera nascem os filhotinhos dos patos Canadenses e eu acompanho o crescimento deles e o trabalho que as mães passam para controlar os patinhos cobertos de uma penugem amarelinha, tão fofos e tao anciosos para descobrir o mundo à volta deles. Mas elas podem contar com uma ajuda muito especial: sim, o Aflac nada junto com as patas e as suas ninhadas, como se fosse uma babá dedicada tomando conta dos filhotes das amigas.

A natureza é mesmo fascinante...

Scarlet, mau humorada como sempre


Pato Canadense


Aflac e um pato Canadense


Com exceção de duas ou três pequenas áreas a superfície do lago está toda congelada 



Eles estão lá aguentando firme. A foto não capta mas eles brincam na água apesar do frio