segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Key West, Florida



Quando o inverno vem chegando aqui no hemisfério Norte os meus pensamentos começam a viajar para lugares mais quentes.

Key West na Flórida  é um dos meus lugares favoritos aqui nos USA; já estive lá duas vezes e com certeza retornarei muitas mais. É a mais famosa das ilhas que formam as chamadas “Florida Keys” e há vôos para lá partindo de vários aeroportos do país. Eu prefiro voar para Miami ou arredores, alugar um carro e dirijir passando por todas as ilhas menores e pela famosa “Seven Mile Bridge”, a ponte que se extende por sete milhas (em torno de 11 Km) sobre o mar e que aparece em vários filmes (entre eles as cenas finais do filme True Lies, com o Arnold Schwarzenegger). 
Seven Mile Bridge
 Na verdade, Key West é o ponto extremo Sul dos USA e fica mais perto de Cuba (144 Km) do que de Miami (256 Km).
Existem muitas pousadas e pequenos hotéis na ilha, para todos os gostos e todos os bolsos. Eu fiquei no Sheraton Suites Key West (muito bom), que fica em frente à Smathers Beach, literalmente é só atravessar a rua para chegar à praia.
Sheraton Suites Key West
Smathers Beach

Key West tem fama de ser um lugar bem liberal se comparado à outras cidades americanas. Nos anos 60 e 70 a cidade atraiu muitos hippies e grupos alternativos, o pessoal da geração “paz e amor”; uma boa parte desse pessoal continua vivendo por lá, dando a ilha um toque zen, relax. 

À noite é muito gostoso caminhar  pelo centrinho, que é lotado de bares, restaurantes e lojinhas, que se concentram principalmente nos arredores da Duval St. Mas antes a parada obrigatória é no Mallory Square, uma praça onde todo mundo se reúne para ver o sol se pôr no mar.    
O agito na hora do pôr-do-sol se concentra em Mallory Square 



Duval Street


sábado, 8 de dezembro de 2012

Praia dos Carneiros em Tamandaré, Pernambuco

A Igreja de São Benedito, na Praia dos Carneiros, foi construída no século XVIII e desde 1930 é preservada por uma das famílias da região.  É de uma simplicidade encantadora...








quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Cinque Terre, Itália


As cinco cidadezinhas encantadoras que compõem a região chamada de “Cinque Terre”, na Riviera Italiana povoam o meu imaginário há muitos anos. Por enquanto tenho que me contentar em olhar as fotos tiradas pelos felizardos que ja visitaram a região, mas um dia eu vou conferir essas belezas de perto…

Corniglia

Manarola

Monterosso al Mare

Riomaggiore

Vernazza

Vários livros novos foram adicionados à pilha!


Há algumas semanas atrás eu reclamei que a minha pilha de livros esperando para serem lidos estava diminuindo e eu estava ficando agoniada…pois a situação já está se revertendo.

Minha irmã me mandou um exemplar do último livro da Martha Medeiros entitulado “Um Lugar na Janela: Relatos de Viagem”.  Parei tudo que eu estava lendo e devorei o livro em dois dias. Viajei com a Martha, me enxerguei em várias situações pelas quais ela passou, me deliciei com as narrativas como se estivesse conversando com uma amiga de muitos anos. Adorei!

Resolvi também dar uma chance à ficção, gênero que não costuma frequentar a minha pilha, e estou lendo “The Girl with the Dragon Tatoo (A Garota com a Tatuagem de Dragão)” do sueco Stieg Larsson, que já virou filme (que eu ainda não assisti). Se eu gostar desse vou engatar a trilogia completa: “The Girl who Played with Fire (A Garota que Brincava com Fogo)”, e “The Girl who Kicked the Hornet’s Nest (A Garota que Chutou o Vespeiro)”.

Empilhei também “The Bonfire of Vanities (A Fogueira das Vaidades) do americano Tom Wolfe. Esse foi escrito em 1987 mas por uma razão ou outra eu acabei nunca lendo. Ambição, racismo e classes sociais (os temas abordados no livro) permanecem atuais então acho que vai ser uma leitura interessante.

Agora com licença que meus livros me esperam…

A experiência única do banho turco

Na minha lista de coisas para fazer em Istambul havia um item do qual eu estava determinada a não abrir mão: o famoso banho turco.

Eu tinha pesquisado na Internet várias opções de “hamam”, que são uma mistura de sauna e casa de massagem (massagem mesmo, nada de “especial”), mas confesso que a idéia de tomar banho junto com outras mulheres que eu nem conheço não me agradava muito. A água do banho delas respingando em mim...sei lá não achei muito higiênico.

Mas como evitar a “coletividade” intrincada na tradição e ainda assim experimentar o banho turco? Quando descobri que o spa do nosso hotel oferecia o banho individual não pensei duas vezes e marquei a minha hora.

Depois de um longo dia de muita caminhada pelas ruas de Istambul eu desci para o spa e encontrei a moça que iria me dar o banho (muito estranho escrever isso). Eu não consegui entender o nome dela e depois de pedir para ela repetir duas vezes resolvi deixar por isso mesmo. Logo de cara ficou claro que ela nao falava inglês e eu não falava o idioma dela, mas através de gestos ela me indicou uma salinha onde eu deveria tirar a roupa, me enrolar numa espécie de canga de algodão e calçar um chinelinho.

Dai ela apontou para a sauna a vapor e com gestos me explicou que eu tinha que ficar lá dentro por meia hora. Talvez se eu tivesse alguém para conversar, me distrair eu até conseguisse aguentar meia hora, mas sozinha...tudo que eu conseguia era pensar que estava sufocando com o vapor. Não sei ao certo quanto tempo eu aguentei, mas como  não estava conseguindo respirar direito decidi dar um basta naquela tortura.

Os próximos passos foram uma sauna seca (dessa eu gostei) e alguns minutos de relaxamento com direito a um suco para me rehidratar. A partir dali a moça tomou coragem e começou a tentar se comunicar comigo. Foi cômico porque ela falava só umas palavras soltas em inglês mas tinha um caderninho com frases e palavras escritas à mão e recorria à ele o tempo todo. Quem me conhece sabe que eu adoro conversar e jamais perderia aquela chance única de bater um papo com alguém de uma cultura diferente da minha. Dei corda e ela se soltou. O que eram para ser alguns minutos de relaxamento antes de eu passar para a sessão de massagem virou uma meia hora, durante a qual nós duas conversamos de tudo um pouco. Ela me contou que era da Armênia, me disse a sua idade, quantos filhos tinha, quantos vezes já tinha sido casada, fez comparações entre os homens armenos e turcos, perguntou sobre os homens brasileiros, falou dos lugares por onde já tinha viajado e muito mais.

Passamos para a sessão de massagem (agora em silêncio para promover o relaxamento) e finalmente o tão esperado grand finale: o banho.

Entramos numa sala redonda, totalmente recoberta de mármore branco, piso, paredes, teto, tudo. No meio da sala havia uma espécie de bancada redonda também de mármore branco onde ela me mandou deitar. Ali caberiam tranquilamente umas 8 pessoas deitadas, mas eu estava contente por ter a bancada toda só para mim. Ela encheu um grande jarro com água quente de uma das 6 pias (de mármore branco, claro) instaladas ao longo da parede e despejou em cima de mim. A partir dai começou uma esfoliação com uma bucha vegetal áspera alternada com enxágues de água quente e fria. Entenderam agora porque eu não queria um banho coletivo? Não tem como evitar de entrar em contato com a água do banho dos outros estando todos deitados sobre a mesma bancada. Ai que nojinho...
Depois de uns bons 15 minutos de esfoliação fantástica, para finalizar ela lavou os meus cabelos. Acabou? Já acabou?

Quando sai do spa a minha pele estava macia como a de um bebê e todo e qualquer vestígio de cansaço tinha sido apagado do meu corpo.  

A moça se despediu de mim como se fossemos amigas de infância, segurou as minhas mãos e me falou um monte de coisas (acho que em armênio) que eu não entendi, mas deixei rolar e sorri em retribuição. Acho que fiz uma amiga na Turquia e nem sequer sei o nome dela...